Combinado?
Publicado; 27/09/2012 Arquivado em: cenas do cotidiano, infância, pais e filhos | Tags: maneira simples, Pais e filhos 5 ComentáriosMinha filha Clara está adorando assistir desenhos animados. Quem nunca curtiu, quando era criança, Pernalonga e Patolino, Mickey e Donald e tantos outros? Não tem problema nenhum ela querer. A questão é querer assistir sem nem tomar o café da manhã, sem escovar os dentes, sem fazer o para casa… E, se deixarmos, sem nem almoçar!
Não teve jeito. Tivemos que impor horários. Contudo, minha pequena um dia desses se rebelou _ se é que posso dizer assim.
_ Filha, vem almoçar! Disse, calmamente! Uma, duas, três vezes, quatro vezes … e nada! Desliguei a TV. Ela ficou indignada e muito chateada comigo, apesar de todo e qualquer combinado! Me perguntou soluçando, com um olhar inquisidor (e ela só tem cinco aninhos):
_ Papai, por que que criança nunca pode fazer o que quer, heim? Por quê?
-É o contrário, filha! (Com esta pequena frase tentava explicar a ela que são os adultos que quase nunca podem fazer tudo o que querem).
Verdade seja dita agora: nem crianças, nem adultos podem fazer tudo que o querem! Existem regras, normas, direitos, deveres, leis e outras tantas coisas que Freud explica. E não somente ele!
Deixei que ela se acalmasse, enquanto ficávamos em silêncio. Dez minutos depois, já estava tudo bem, como se nada tivesse acontecido. Como me disse uma amiga: limite dá forma!
Combinado?
Eduardo
26/09/12
Imagem meramente ilustrativa.
Du, isso é o cotidiano de nós, pais, com nossos pequenos. Parecem que estão de binóculo olhando nossos comportamentos, palavras e atitudes. O Kauã outro dia me disse: “Que falta de respeito, desligar a TV na minha “cara”… É o limite que, não nos permite ultrapassar o direito do próximo. Até logo.
O melhor de tudo na história é que, passados alguns minutos, tudo voltou ao normal como se nada tivesse acontecido. É a ternura do amor trazendo, com seus contornos, a certeza do aprendizado … Abraços!
Não tenho filhos, mas fui criada de uma forma bem regrada e sistêmica. Horários pra estudar, comer, tomar banho, brincar, aula de reforço… Lembro o quanto achava isso chato, mas hoje percebo tudo que ganhei, tudo que aprendi.
Mas educar é difícil, pois por vezes a educação tem que vir na dor (desligar a tv) e depois da dor tem que vir o amor (conversar e esperar) e acho tão difícil este limiar entre a dor e o amor que penso se conseguirei educar meus filhos da mesma forma que fui educada.
Parabéns pelo blog e pelas percepções da vida!
O que eu mais gosto de ser adulta é que de fato POSSO fazer tudo o que quero. Tenho a vida e o mundo inteiros de possibilidades, assim como todo mundo. As pessoas se contentam e não veem além das possibilidades que lhes são apresentadas, e mesmo dentro disso a liberdade é grande, porém, se questionarmos o pensamento do senso comum, as possibilidades são de fato infinitas.
Pois como disse o bem citado aí em cima, Freud: “Em última análise, precisamos amar para não adoecer.” E o combinado é o amor! 😉