Por que não chutar o pau da barraca!

Sabe quando bate aquela vontade de “chutar o pau da barraca”? Jogar tudo pro alto! Mandar quase todo mundo para… (melhor ficar por aqui!)

Soltar os cachorros?  Justo você que não tem nem gato!

Uma coisa é certa… barracas foram feitas para se desfrutar dias de férias, feriados… Caso você a chute, ficará ao relento, centenas de pernilongos podem te atacar e o mal humor se alastrar.

Talvez você tenha a certeza de que não é o pau da sua barraca que você vai chutar e sim, a de alguém. Não faça isso. Na pressa de correr, talvez tropece, tropeçando talvez quebre o nariz, quebrando o nariz ficará fanhoso, ficando fanhoso, vão rir de você, mesmo sua namorada. Não, não, melhor será “chutar o balde”. Vazio, diga-se de passagem!

“Rapadura é doce, mas né mole não”. Aí um amigo meu me falou: é só beber um golinho d´ água que ela fica maciinha, maciinha.

Lembre-se: “Um dia de fúria” fica melhor, nas telas do cinema.

Pra tudo existe solução. Menos pra morte, dizem muitos. Mas, quem disse que o espírito não sobrevive? E há de sobreviver. Aí você verá que tudo passa!

Eduardo

29/01/12 


“Quem ama, educa!”

Ontem, fomos eu, a Ana e minha filha Clara a uma pizzaria, dessas que tem parquinho. Nas férias das crianças, não é nada fácil ficar em casa. Levei comigo o livro “Quem ama, educa!” de Içami Tiba.

Entre uma brincadeira e outra da Clara, enquanto minha esposa não chegava, lia as páginas desse interessante compêndio pedagógico, que recomendo.

Chamou minha atenção a maneira elegante com que o garçom serviu a água mineral em nosso copo, como se cumprisse um ritual. É muito gratificante lançar esse olhar sobre esses pequenos detalhes do cotidiano, que se derramam diante de nossas vistas, mostrando o quanto a vida pode ser bela, o quanto tem valor cada pessoa.

Levei o livro e pensei comigo: passarei desapercebido? Passado um tempo, a monitora das crianças perguntou-me o que eu estava lendo e pediu-me gentilmente para folheá-lo. Disse-me momentos depois que estava precisando exatamente disso: de um livro que a orientasse sobre como lidar com os filhos, já que ela estava se separando e um deles “não fica sem o pai”.

O capítulo que eu estava lendo? Casais separados que têm filhos. Muitas orientações claras e pertinentes. Simples coincidências não existem. Sincronicidades sim.

Eduardo

26/01/12


O mundo pode ser mágico

A jornalista Leila Ferreira publicou um livro muito interessante e especial “A arte de ser leve”.  Nele há muitas histórias legais e que inspiram.

Ela conta em uma das passagens um fato bastante comum que talvez as pessoas nem percebam: a entrada no elevador. Muitas vão logo apertando o botão para fechar a porta, sem nem mesmo se importar se está vindo mais alguém. E ela só leva quatro segundos para fechar. Fiz a contagem ontem. É verdade. Nesse mundo de tanta pressa, quatro segundos pode ser tempo demais! 

Também tenho uma história com elevadores. Caminhava um dia dentro de um shopping quando pensei: assim que eu estiver bem perto da porta do elevador, ela se abrirá! E não é que aconteceu! Entrei sozinho, pensando comigo: o mundo pode ser mágico!  Não bastasse isso, resolvi fazer a mesma experiência no dia seguinte, já que precisava passar por ali novamente. Firmei o pensamento e, nem precisei dizer: “Abre-te sésamo!”  Uma singela alegria  tomou conta de mim.

Levamos a vida muito a sério e como diz a música Brincar de Viver: “Você verá que é mesmo assim, a história não tem fim, continua sempre que você responde sim, a sua imaginação, a arte de sorrir cada vez que o mundo diz não…”

  Eduardo

23/01/12

Dedico esse texto à Leila Ferreira.


Crianças, prateleiras e pulgas

Escrevi um dia: levar uma criança pequena ao supermercado e querer que ela fique quieta, é como soltar uma pulga no pêlo de um cachorro.

Vi certa vez uma mãe ao lado de um pai, falar para uma menininha de no máximo dois anos, olhando bem nos olhos dela: se você não ficar quieta, nunca mais eu te trago aqui! Crianças não entendem o que significa nunca e, se entenderem, esquecerão minutos depois. Relaxe. Cuidado com as prateleiras que contenham garrafas ou potes de vidro, zelem por sua segurança. A sessão de brinquedos será a que mais despertará o desejo delas.

No dia das compras, talvez seja melhor um dos pais ficarem em casa com os pequenos, assim, evita-se um estresse desnecessário.

Crianças aprenderão com os adultos sobre nosso mundo de regras e estes poderão aprender muitas coisas com elas; mas, para que isso aconteça, é preciso um olhar atento e paciência, muita paciência para ensinar, explicar, explicar de novo, repetir. É a lógica da infância, esse período tão especial da vida.

 Eduardo

22/01/12


Emoção

“O melhor meio de ser feliz nessa vida é poder considerar sempre exteriormente, nunca interiormente”.

Gurdijieff

Lembrei-me por esses dias do trecho da famosa música: “se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”.  Somos seres emocionais desde muito tempo… Etimologicamente a palavra emoção significa mover para fora. Por isso, elas são auto-evidentes. No fundo, é bem difícil escondê-las ou, não demonstrá-las. Somos seres sensíveis.

Às vezes as emoções afloram de tal maneira, que fica quase impossível se manter no comando da situação.  Mesmo contra a vontade da pessoa, elas se apossam de sua mente e do seu coração e podem fazer um considerável estrago. Exemplos disso são a raiva ou a mágoa, emoções que estão sujeitas a frequentarem nossas vidas, com alguma regularidade, em diversos níveis de manifestação.

É fácil observar que algumas pessoas são mais rancorosas que outras, ou mais raivosas, o que certamente lhes trazem algumas dificuldades. Muitas vezes elas fazem questão de dizer: “eu não sei fingir!” Outras ainda sabem ocultá-las um pouco melhor.

Existem diversas teorias que explicam as emoções. Há ainda quem afirme que seja possível (totalmente possível) controlá-las por meio da vontade e existem técnicas para isso. O objetivo desses exercícios seria desenvolver no ser humano uma maior autonomia. Segundo essas teorias, não somos nós que temos emoções, são elas que nos têm! Interessante não é mesmo?. Faz refletir. As pessoas e as situações têm o poder de levar-nos do riso às lágrimas o que poderia gerar algum desgaste desnecessário. Daí também, a teoria da inteligência emocional. Fazer com que as emoções trabalhem a nosso favor para assim vivermos melhor e com mais harmonia.

O que seria da vida sem as emoções? O compositor está certo.

Eduardo

17/01/12


50%

Há um ditado que diz que “os olhos são a janela da alma”, “o sorriso, nosso cartão de visitas”. Hoje de manhã enquanto aguardava no semáforo vi um rapaz entregando um folheto aos motoristas cujos dizeres tratavam de um desconto. Ele caminhava ao lado dos carros com um sorriso no rosto que chamou minha atenção. Havia nele uma naturalidade, diria até, comovente. E agradecia a cada pessoa que recebia seu pequeno panfleto. Logo ali, de manhã.

Fiquei pensando que talvez ele tenha conseguido esse “trabalho” depois de muito tentar… ou simplesmente, fazia com gosto o que precisava ser feito àquela hora. Começar o dia sorrindo já é 50%.

Lembro-me também dos heróis anônimos por esse Brasil afora. Acordam cedo, pegam ônibus, metrô, ficam horas em pé… constroem uma vida de lutas, têm a coragem e a esperança de dias melhores.

Eduardo

17/01/12


F

Você já reparou que algumas pessoas têm emails dificílissimos? Dizem que tem gente que gosta de complicar… haja soletração.

Isso me fez pensar em outra coisa… sempre que aparece a letra F… alguém diz do outro lado da linha: F de faca!

Não faço a mínima ideia de quem começou isso. Porque não, F de fazer, de força, de felicidade! F de Fafá, farofa, foca, frente, frio, fome?

Fim

Eduardo

17/01/12


Disconnect to connect

Você já esqueceu o celular em casa? É uma sensação muito desconfortável, como se o mundo fosse te ligar… e você, claro, não tem como atender!

Ontem andando num shopping, fiquei impressionado com a quantidade de pessoas acessando seus aparelhos por toque. Esta é mesmo uma época de compartilhamentos. Ficamos à espera de um email, um comentário no Facebook, alguma novidade a cada minuto. Onde chegaremos? Não tenho a resposta.

Há uns meses atrás recebi aquele pequeno filme: Disconnect to connect. Super bem feito, simples e belo. Dá um recado interessante.

Eduardo

11/01/12

 http://www.youtube.com/watch?v=oHp4k3zwr0s


Se um

Um dia desses fazendo buscas pela internet me deparei com um blog chamado: Se um ler, tá bom! Quanto otimismo e sinceridade. E não há aqui, de minha parte, qualquer crítica. Abaixo do título uma outra frase simples, mas, igualmente impactante: “blogs são como garrafas jogadas ao mar”.

Não é interessante que o autor tenha escrito isso?

Quem sabe a mensagem chegará ao naufrágo de uma pequena ilha, quem sabe à praia, aos pés de alguém?

Escritores muitas vezes têm a certeza de que é impossível deixar a folha em branco. Uma alegria, uma cena, uma conversa ao nosso lado é capaz de unir palavras em frases, despertando nosso imaginário mais real. Claras visões que alimentam a alma e revelam respostas. A vida, como disse o filósofo alemão Schelling, é um poema misterioso.

Muita gente anda dizendo por aí que a origem da palavra entusiasmo significa: ter Deus no coração. É verdade.

Pessoas entusiasmadas têm bastante energia, brilho nos olhos e sabem recomeçar sempre que tropeçam ou caem. Dão o braço a torcer, sabem perdoar, sabem amar. Acreditam que amanhã será melhor. Prestam atenção no sorriso da criança, vêem os raios do sol iluminando sua manhã. Têm uma entrega de coração, confiam, estendem a mão.  

Pensando bem, Deus é um, com ele somos dois. Muito mais. Passageiros do tempo nesta Odisséia que é a vida!

Eduardo

10/01/12


A Consciência

Há muitos anos atrás participei de uma reunião de um grupo gnóstico que foi marcante para mim. O instrutor disse-nos muitas coisas interessantes e, num determinado momento, quase ao fim de sua palestra, perguntou aos presentes: o que é a consciência? Ficamos paralisados por alguns instantes. Sentimos que a pergunta valia a pena.

Fui o primeiro a falar e disse àquela época que a  consciência era uma válvula seletora! Hoje acho graça na resposta. Expliquei que eu me referia à capacidade de escolher entre o bem e o mal, sendo a consciência aquilo que escolhe.

Ao consultarmos um dicionário de filosofia encontraremos para o verbete páginas de explicações. O conceito, por sua relevância, foi-se ampliando ao longo da tradição filosófica.

Hoje entendo que a consciência é a capacidade, não só de perceber de maneira mais clara o mundo à nossa volta, de perceber nossa essência, mas, principalmente, de viver nessa essência, sem que neuras, conflitos  e dúvidas obstruam e até mesmo destruam esse sonho de voar até às alturas.

Jung, o criador da psicologia analítica, disse que a vida nos direciona a um Self, a uma completude. Desejamos do fundo de nossa alma calar todos os medos e angústias e sermos plenos. Para que isso aconteça, segundo ele, é preciso percorrer um longo caminho: realizar em si, o processo de individuação.

Tenho pensado por esses dias na relação que possa existir entre a consciência e a respiração, afinal de contas o ato de respirar é inconsciente na maioria das pessoas. Mas, se a observamos, prestando atenção em sua atividade, percebemos que algo se modifica. Uma inesperada calma vem nos visitar por alguns momentos.

A Índia com suas práticas de yoga é pródiga em exercícios respiratórios, chamados por eles de pranayamas. O objetivo dessas práticas é absorver o prana, ou energia vital e assim clarear mais a consciência, iluminá-la.

Sigo a vida respirando, com a certeza cada vez crescente, de que muito pouco eu sei.

 Eduardo

09/01/12.

 Para saber mais sobre o processo de individuação:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Individua%C3%A7%C3%A3o